segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Eleições e postas de bacalhau

Eleições de 24.01.2016. Mais uma vergonha de eleições com uma abstenção de mais de 50%, é vergonhoso não usufruirmos do direito que nos foi concedido através de tanta luta por parte das gerações passadas portuguesas, os velhinhos que tanto saltaram de euforia a 25 de Abril de 1974, agora sentam o cu num café a jogar às cartas e reclamam que o país já não tem emenda, e assim começam mais uma ronda de sueca, as velhinhas petrificadas perante a televisão assistem a mais um programa da tarde e gastam o seu último tostão a fazer chamadas para ver se é desta que ganham o tão querido prémio desta "Boa tarde", e enriquecem mais um pouco os macaquinhos lá em cima, com tantos afazeres não têm tempo de dar um saltinho até às urnas e ainda chamam de rídiculos quem o faz, que é uma perda de tempo!
O pior ainda são as gerações recentes que perpetuam este vício dos mais velhos, o que eles de melhor sabem fazer, é reclamar, dizem que o trabalho é muito, que são explorados, e que já têm os bolsos rotos de tanto roubo, mas no dia de eleições preferem ficar em casa a ver a Quinta das celebridades, ou então a fazer comentários revoltados contra o Jorge Jesus no facebook, e ainda dão a desculpa que a noite de sábado foi até às tantas a beber "jolas" e estão com dores de cabeça para sair de casa e se preocuparem com mais umas eleições de tantas que implicam obrigatoriamente o futuro do país. Se Salazar imaginasse que em plenas eleições democráticas, onde todos podem votar livremente, houvesse uma abstenção tão grande, nem se dava ao trabalho de eliminar a oposição, mandava umas "postas de bacalhau" em tempo de campanha eleitoral na televisão e os portugueses ainda o chamavam de herói, é uma vergonha como Portugal tapa os olhos com as próprias mãos e desiste do espírito lutador que nos foi deixado pela revolução dos cravos.
Palmas para aqueles que votaram, e tentaram melhorar o futuro do país.

sábado, 2 de janeiro de 2016

Estupidez a minha

Amo-te. Uma palavra difícil de pronunciar e um sentimento difícil de sentir, ainda não te disse, mas confesso que penso muitas vezes em dizê-lo, foste sempre o que procurei, procurei por todo o lado que nem uma louca, e tu estavas ali, mesmo à minha frente, a minha cura, é como os óculos de sol que procuro e estão mesmo em cima da minha cabeça, algo inevitável de não achar, não achas? Tu sabes que eu sempre fui distraída, faz parte deste meu feitio, desculpa por ter atrasado esta declaração, desculpa fazer-te esperar tanto tempo, fui estupida, quem sabe ignorante nestes assuntos, não te vi, nem ouvi os teus gritos mesmo ao meu ouvido, que perda de tempo, tudo porque quis ser estupida.
Que estupidez a minha, tanto tempo para confessar que te amo.